O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) trouxe à tona preocupações alarmantes sobre as práticas de coleta de dados do TikTok, o popular aplicativo de vídeos curtos. Em um documento judicial recente, o DOJ afirma que o TikTok e sua empresa-mãe ByteDance possuem ferramentas sofisticadas capazes de coletar e analisar as opiniões dos usuários sobre temas sensíveis como controle de armas, aborto e religião.
Ferramenta de coleta de dados e análise de opiniões
Em um documento apresentado em 26 de julho de 2024 ao Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia, o DOJ revelou que o TikTok utiliza um sistema interno chamado “Lark” (também conhecido como “Feishu”) que permite a comunicação direta entre funcionários do TikTok e engenheiros da ByteDance na China. Este sistema, afirma o DOJ, foi usado para transferir “quantidades significativas de dados restritos de usuários dos EUA” para servidores chineses.
A revelação levanta sérias preocupações sobre segurança nacional e privacidade dos usuários. O DOJ argumenta que a autoridade do governo chinês sobre a ByteDance poderia permitir o acesso e exploração dessas informações, potencialmente ameaçando a segurança nacional dos EUA. Além disso, existe o temor de que o Partido Comunista Chinês possa controlar encobertamente o algoritmo do TikTok para amplificar operações de influência e exacerbar divisões sociais. O contexto legal dessas revelações é significativo.
O TikTok e a ByteDance estão atualmente contestando judicialmente uma nova lei, aprovada pelo Congresso com apoio bipartidário e assinada pelo presidente Joe Biden em abril de 2024, que exige a venda do aplicativo ou seu banimento nos EUA. O DOJ argumenta que essas novas informações reforçam a necessidade de ação contra o TikTok.
