É inegável o papel histórico que o ex ministro Sergio Fernando Moro teve no combate à corrupção no Brasil. Sua saída é lamentável, pois os inimigos das liberdades e da legalidade se fortalecem.
Ainda é muito cedo para dizer quem está certo ou errado; E tudo isso pelo que? Por birras de nomeação de servidor público? Ou existem outros motivos ocultos? Precisamos entender a questão fundamental em política: não existem anjos de pureza. Todos são humanos, passíveis de todos os defeitos universais.
O que é inquestionável é a competência exclusiva do Presidente da República para nomear o diretor-geral da Polícia Federal. Bolsonaro nomeia, Bolsonaro exonera. Simples assim. A troca de chefias é um procedimento muito natural e corriqueiro na Administração Pública.
Quem mentiu? Moro? Bolsonaro? Os dois? O tempo dirá. Fique tranquilo(a), não vai faltar gente investigando. Dia e Noite.
O fundamental é controlar o estrago feito: a narrativa da imprensa manipuladora, dos comunistas e de outros inimigos do povo se fortaleceu. E isso é péssimo para o brasileiro de bem.
Assimilado o baque da má-notícia, é necessário deixar as emoções um pouco de lado, para tentar entender alguns aspectos objetivos dos fatos.
O ATUAL PANORAMA É PREOCUPANTE
O Brasil vive um de seus momentos históricos mais perigosos e instáveis:
1. O comunismo já tem suas garras na mídia tradicional, em grandes empresas, nas escolas e universidades;
2. Ministros do STF esvaziam a competência jurídica do Chefe do Executivo, em relação às medidas de combates ao Coronavírus;
3. O Congresso neutraliza qualquer medida do governo federal, já tendo arquivado diversas medidas provisórias do Presidente da República.
4. Governadores e Prefeitos criam normas que resultam em senhoras arrastadas pelos cabelos nas ruas, restringem liberdades civil, monitoram nossas vidas sem ordem judicial e nadam em dinheiro federal, por dispensa de licitação;
5. O presidente do PTB Roberto Jefferson revelou recentemente um plano de golpe já em andamento contra o Governo, que está sendo articulado pelo Congresso, STF e presidente da OAB;
6. Já existem protocolados cerca de 25 pedidos de impeachment contra o Presidente da República. Só aguardando na mesa de Rodrigo Maia o momento para início do já anunciado golpe;
7. Está em trâmite no STF um Mandado de Segurança onde um grupo de advogados pretendem reduzir poderes do Presidente da República.
No Brasil atual, onde são gritantes as inúmeras violações às garantias individuais e a redução de liberdades civis, tudo o não se precisava é a ruptura de governo por discordâncias de nomeações internas.
MUNIÇÃO PARA IMPEACHMENT
Não demorou sequer quatro horas.
Bastou a coletiva de Sergio Moro para que o procurador Geral da República, Augusto Aras, já solicitasse ao STF a abertura de inquérito para investigar o Presidente da República.
Aras sequer esperou o pronunciamento do Presidente da República. Correu para representa-lo, em questão de horas, sem contraditório, imputando a possibilidade de enquadramento em diversos supostos crimes diferentes, como se verifica na própria representação:
Dois ministros da Corte Suprema já se manifestaram sobre possível responsabilidade de Bolsonaro. O STF comemora! O Centrão vibra! A imprensa urra! Ou seja, aqueles que enfraquecem o Presidente e querem derrubá-lo, receberam muita munição e apoio para engendrar o golpe, que já foi amplamente anunciado.
Independentemente do que cada um acha, tem-se de concordar que o timing da saída de Sergio Moro não poderia ser tão danoso e lesivo quanto neste momento.
Enquanto brasileiros(as) estão presos em suas casas, desempregados(a) e sem perspectiva de melhoras, nomeações internas não poderiam ser motivo de ruptura governamental.
A POSIÇÃO EDITORIAL DA EU PENSO
1. Lamentamos a saída do ministro Sergio Moro do Governo Federal;
2. Nos termos da legislação federal aplicável, cabe ao Presidente da República a competência exclusiva para nomear e exonerar o superintendente da Polícia Federal.
3. Na Administração Pública é natural e legal a troca de chefias, pelas autoridades competentes.
4. Neste momento, não temos elementos concretos para firmar posição sobre as acusações feitas mutuamente entre Sergio Moro e o Presidente da República;
5. Todos os eventuais crimes praticados por quem quer que seja devem ser devidamente apurados;
6. Não estamos discutindo ou questionando os motivos determinantes que levou Sergio Moro a sair do Governo;
7. Discordamos veementemente do timing da decisão do ex ministro Sergio Moro. Este é o pior momento, de todo o mandato, para sair.
CONCLUSÃO
A notícia é triste; todos saímos perdendo. Mas não vamos, nem podemos, desistir. Sempre lutaremos por um país melhor.