O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF), através de um de seus ministros, faz oposição ao seu partido. A declaração consta em um processo de difamação que ele move contra sua ex-esposa, Maria Christina Mendes Caldeira, na Justiça da Flórida, nos Estados Unidos.
Contexto do Processo
Maria Christina mudou-se para os Estados Unidos após uma separação tumultuada em 2004. Recentemente, ela fez uma publicação em uma rede social mencionando o passado do ex-marido, que foi condenado e preso no escândalo do mensalão. Em resposta, Costa Neto a processou por difamação, exigindo uma indenização de 50.000 dólares, alegando que sua reputação foi prejudicada.
Operação Policial e Prisão
Em fevereiro deste ano, Valdemar Costa Neto foi alvo de uma operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal, como parte de um inquérito que investiga uma possível tentativa de golpe após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. Durante a operação, ele foi preso em flagrante por posse de uma arma com registro vencido, sendo liberado dois dias depois. A operação também resultou na apreensão de seu passaporte, impedindo-o de comparecer presencialmente à audiência nos Estados Unidos.
Alegações de Perseguição Política
No ofício enviado à Corte americana, Valdemar relatou que a operação foi iniciada por um ministro do STF, conhecido por sua oposição ao PL. Ele alegou que sua prisão teve motivação política, destacando que as acusações contra ele eram triviais e não tinham relação com a investigação principal.
As alegações de Valdemar foram incluídas no inquérito sobre a tentativa de golpe após Maria Christina ter solicitado informações sobre o passaporte do ex-marido ao ministro Alexandre de Moraes. Moraes encaminhou o caso para uma ação separada, afirmando que Maria Christina não tinha legitimidade para fazer pedidos relacionados à investigação do golpe. Ele, no entanto, não comentou diretamente as críticas de Valdemar.