Patrimônio de Boulos cresce 847% em dois anos

No intervalo de dois anos, o patrimônio do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) registrou uma evolução significativa de 847%. Boulos, que é candidato à Prefeitura de São Paulo com o apoio formal do Partido dos Trabalhadores (PT), apresentou à Justiça Eleitoral uma declaração de bens totalizando R$ 199,5 mil para o pleito deste ano. Este montante inclui um carro Celta de 2009/2010, avaliado em R$ 15,1 mil, 50% dos direitos de uma casa localizada no bairro Campo Limpo, na zona sul da capital paulista, R$ 816 em conta-corrente na Caixa Econômica Federal e R$ 11,8 mil aplicados em Certificados de Depósito Bancário no Santander.

Em 2022, quando se candidatou ao cargo de deputado federal, Boulos havia declarado um total de bens de R$ 21 mil, consistindo no mesmo automóvel, então avaliado em R$ 20 mil, e um saldo de R$ 1 mil em conta-corrente. Para a eleição municipal deste ano, Boulos terá como companheira de chapa Marta Suplicy (PT), ex-prefeita de São Paulo, que declarou à Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de R$ 14,1 milhões.

Guilherme Boulos, ex-coordenador nacional do autodenominado Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), disputou sua primeira eleição em 2018, concorrendo à Presidência da República, quando declarou possuir apenas um carro avaliado em R$ 15,4 mil. Em 2020, ao se candidatar pela primeira vez à Prefeitura de São Paulo, Boulos informou um patrimônio composto pelo mesmo carro Celta e um saldo de R$ 579 em conta bancária, totalizando R$ 15,9 mil.

Além do crescimento patrimonial, os certificados de antecedentes criminais apresentados por Boulos à Justiça incluem dois processos judiciais, ambos já extintos. Um dos processos, de 2014, refere-se a um suposto “privilégio” apontado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) no acesso a moradias populares construídas em programas públicos. O outro processo, de 2012, envolve uma prisão em flagrante por dano em São José dos Campos. Ambos os processos foram extintos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Há ainda referência a um processo judicial em segredo de Justiça em Embu das Artes, cujo conteúdo não é divulgado pela Justiça paulista.