Zoólogo da BBC, Adam Britton é preso por estuprar e matar 39 cães e compartilhar material de abuso infantil, chocando o mundo científico

Darwin, Austrália – 25 de novembro de 2024 – O renomado zoólogo britânico Adam Britton, de 53 anos, conhecido por suas contribuições para a BBC e a National Geographic, foi sentenciado a mais de 10 anos de prisão por uma série de crimes que chocaram a comunidade científica internacional. O especialista em crocodilos confessou-se culpado de 56 acusações relacionadas à bestialidade e crueldade contra animais, além de quatro acusações de acesso a material de abuso infantil.

Os Crimes

O caso, julgado na Suprema Corte do Território do Norte da Austrália, revelou uma face obscura do cientista. Entre 2020 e 2022, Adam Britton adquiriu 42 cães por meio de anúncios online, prometendo aos tutores que lhes proporcionaria um “bom lar”. Em um container adaptado em sua propriedade, em Darwin, Britton torturou e matou 39 desses animais, registrando seus atos em vídeo.

O Chefe de Justiça, Michael Grant, que presidiu o julgamento, descreveu as ações de Britton como “indizíveis” e “grotescas”. Grant alertou que os detalhes eram tão perturbadores que poderiam provocar “choque nervoso” nos presentes no tribunal.

O Esquema Criminoso

Britton utilizava o site Gumtree Australia para localizar famílias que precisavam doar seus animais de estimação, frequentemente devido a compromissos de trabalho ou viagens. Ele construía uma relação de confiança com os tutores e, após obter a custódia dos animais, enviava fotos antigas para criar falsas narrativas sobre o bem-estar dos pets.

A investigação teve início quando as autoridades identificaram equipamentos de gravação em um dos vídeos compartilhados por Britton na plataforma Telegram, onde ele usava os pseudônimos “Monster” e “Cerberus”. Após sua prisão em 2022, a polícia encontrou computadores, câmeras, armas e evidências macabras em sua propriedade rural.

Impacto na Comunidade Científica

O caso causou comoção internacional, especialmente devido à reputação anterior de Britton como pesquisador respeitado. Ele havia trabalhado em importantes produções da BBC e da National Geographic e chegou a receber Sir David Attenborough em sua propriedade. Britton foi sentenciado a 10 anos e 5 meses de prisão, com possibilidade de liberdade condicional apenas em abril de 2028.

Além da pena de prisão, ele foi proibido vitaliciamente de possuir ou comprar animais. O caso provocou debates sobre a necessidade de verificações mais rigorosas de antecedentes para profissionais que trabalham com animais.