Em uma movimentação diplomática polêmica, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, compareceu à cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em Teerã. A decisão de enviar Alckmin para representar o governo brasileiro foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 15 de julho.
A presença de Alckmin ao lado de líderes de grupos terroristas financiados pelo Irã causou consternação internacional. Na cerimônia, Alckmin foi visto ao lado de Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthi, Ziyad Al-Nakhalah, líder da Jihad Islâmica, general Naim Assem, vice-líder do Hezbollah, e Ismail Haniyeh, líder do Hamas. Este último foi eliminado em um ataque aéreo atribuído a Israel poucas horas depois.

Os grupos representados na cerimônia têm sido responsáveis por uma série de ataques ao território israelense, culminando no massacre perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 239, levadas como reféns para a Faixa de Gaza.
A posse de Masoud Pezeshkian ocorre após a morte de seu antecessor, Ebrahim Raisi, em um acidente de helicóptero em maio deste ano.
Morte de Líder do Hamas
As imagens de Ismail Haniyeh na posse de Pezeshkian são particularmente significativas, sendo os últimos registros do líder do Hamas em vida. Haniyeh foi morto na madrugada de quarta-feira, 31 de julho, em um ataque aéreo enquanto estava hospedado em um prédio para veteranos de guerra em Teerã. O Hamas atribuiu a autoria do ataque a Israel, embora o governo israelense, atualmente em guerra com o Hamas, não tenha se manifestado sobre o incidente.