O ator Matthew Perry, conhecido mundialmente por seu papel como Chandler Bing na série Friends, gastou cerca de R$ 300 mil em drogas no mês anterior à sua morte por overdose de cetamina em outubro de 2023, segundo documentos obtidos pela Us Weekly e pelo New York Times.
Envolvimento de médicos e assistente pessoal
A investigação sobre a morte de Perry, aos 54 anos, levou à acusação de cinco pessoas, incluindo seu assistente pessoal Kenny Iwamasa e os médicos Mark Chavez e Salvador Plasencia. Eles teriam sido responsáveis por fornecer grandes quantidades de cetamina, uma droga anestésica com efeitos alucinógenos, ao ator. Em uma troca de mensagens, Plasencia teria questionado quanto Perry estaria disposto a pagar pela droga, ao que Chavez respondeu: “Vamos descobrir”. Na manhã em que foi encontrado morto, Iwamasa teria administrado pelo menos três injeções de cetamina em Perry.
Kenneth Iwamasa, uma das cinco pessoas acusadas da morte de Matthew Perry, afirmou ter encontrado diversas vezes o ator inconsciente nas semanas que antecederam o óbito. Diz também que Perry recebia injeções de cetamina “seis a oito vezes por dia”
Busca por tratamento e histórico de vício
Perry lutou contra o vício em drogas e álcool durante boa parte da vida, sempre em busca de diferentes tratamentos. Ele chegou a gastar milhões de dólares em clínicas de reabilitação e terapias alternativas, incluindo infusões de cetamina na Suíça para tratar dor e depressão.No entanto, o ator acabou se tornando viciado na própria droga usada no tratamento. Seu assistente gastou mais de US$ 67 mil em cetamina para Perry em apenas algumas semanas, por meio de médicos ou traficantes.
Autoridades apontam ação premeditada
Segundo os promotores, os envolvidos agiram de forma premeditada, se aproveitando dos problemas de dependência de Perry para enriquecer, mesmo sabendo dos riscos fatais. “Eles estavam mais interessados em tirar proveito do senhor Perry do que preocupados com seu bem-estar”, afirmou o promotor Martin Estrada.
A trágica morte de Matthew Perry expõe não apenas os perigos do vício, mas também a polêmica relação entre algumas estrelas de Hollywood e os médicos responsáveis por controlar seus vícios. O caso levanta questionamentos sobre a ética médica e a necessidade de maior fiscalização no uso de substâncias controladas.