Adélia Soares, conhecida por sua participação no Big Brother Brasil 16 e por sua atuação como defensora de Deolane Bezerra, foi indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa, acusações que podem render até 8 anos de prisão. O caso, que inicialmente parecia isolado, revelou-se parte de um esquema muito maior, envolvendo a abertura de empresas de fachada para cidadãos chineses, com o objetivo de explorar ilegalmente jogos de azar no Brasil.
Como era o esquema
Segundo as investigações, Adélia teria utilizado seu conhecimento jurídico para arquitetar um plano audacioso. A advogada supostamente abriu empresas de fachada, todas registradas em nome de “laranjas” brasileiros. Essas empresas, por sua vez, serviriam como fachada para a operação de casas de jogos ilegais administradas por cidadãos chineses.
O esquema era de tal sofisticação que incluía a falsificação minuciosa de documentos e a criação de uma intrincada rede de empresas fantasmas. A investigação policial revelou uma trama envolvendo instituições financeiras que manipulavam transações ao utilizar cadastros de pessoas falecidas, aprofundando o nível de fraude e ilusão.
O caso está ligado ao chamado “jogo do tigrinho”, uma forma ilegal de jogo de azar. A investigação aponta que um grupo chinês foi responsável pela criação e operação do esquema. Adélia Soares é suspeita de ter se associado a chineses para abrir empresas de fachada, permitindo a exploração ilegal desses jogos no país.
Adélia é administradora de empresa criada com documentos falsos
Uma das empresas centrais na investigação é a PlayFlow Processadora de Pagamentos Ltda, criada recentemente. Adélia Soares figura como administradora desta empresa, que foi registrada na Junta Comercial de São Paulo em 11 de julho de 2024. A polícia alega que a PlayFlow foi aberta com documentação falsa e tem sede nas Ilhas Virgens Inglesas.
Segundo a investigação, o esquema teria movimentado cerca de R$ 2,5 bilhões sem a anuência do Banco Central. Os valores recebidos das apostas eram posteriormente remetidos ao exterior por meio de operações de câmbio fraudulentas.
A Resposta Desesperada
Em uma tentativa de controlar os danos à sua reputação, Adélia Soares recorreu às redes sociais, realizando uma transmissão ao vivo para apresentar sua versão dos fatos.
Durante a live, visivelmente abalada, a advogada negou veementemente as acusações, alegando ser vítima de uma conspiração. No entanto, sua performance online foi recebida com ceticismo por muitos, que questionaram a eficácia de se defender de acusações tão sérias através de uma plataforma de mídia social.