Um incêndio em uma embarcação no Rio Negro, próximo a Manaus (AM), resultou em quatro mortes confirmadas até o momento. As buscas por desaparecidos continuam neste domingo (28/7), enquanto autoridades investigam as circunstâncias do acidente que chocou a região amazônica.
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou a quarta vítima fatal, uma pessoa de 72 anos. Entre as outras vítimas estão uma idosa de 76 anos, uma mulher de 70 anos encontrada a 15 km do local do incidente, e um adolescente, cujo corpo carbonizado foi localizado sob a embarcação.
Segundo o governo do Amazonas, 58 pessoas foram resgatadas com vida, porém feridas. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que 23 pessoas receberam atendimento em hospitais da rede estadual. Destas, 18 já receberam alta, enquanto cinco pacientes seguem internados para exames e cirurgias ortopédicas.
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) mantém as operações de busca por desaparecidos. Três embarcações e 20 profissionais, incluindo mergulhadores e especialistas em diversas áreas de resgate, estão empenhados na missão.
O acidente ocorreu na madrugada de sábado (27/7), quando a embarcação, que havia partido do Porto de Manaus com destino a Santa Isabel do Rio Negro, pegou fogo próximo à Comunidade Santa Maria, a cerca de 40 minutos da capital. Testemunhas relatam que o fogo se alastrou rapidamente, causando pânico entre os passageiros. Na tentativa desesperada de escapar das chamas, muitos se jogaram no rio.
A Marinha do Brasil anunciou a abertura de um inquérito administrativo para apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsáveis pela tragédia. A investigação enfrenta desafios adicionais, pois o proprietário da embarcação não apresentou a lista de passageiros, dificultando a contagem exata de desaparecidos.
As autoridades continuam monitorando a situação de perto, atualizando as informações conforme o desenvolvimento das buscas e investigações. A tragédia no Rio Negro serve como um lembrete sombrio dos riscos associados ao transporte fluvial na região amazônica e da necessidade de reforçar as medidas de segurança para prevenir futuros acidentes.
